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    10 Coisas pra fazer em Campinas em Fevereiro

    Procurando alguma coisa pra fazer em Campinas? Então se liga nessa lista de rolês que vão te tirar do tédio em fevereiro!

    1. Ciclos de Cinema do Mis | Cinema

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    O mês de fevereiro vem com tudo! O MIS (Museu da Imagem e do Som) preparou uma programação bem variada para começar bem o ano!

    Ciclo “Novo Cinema Brasileiro”

    • 01/02, às 20h- ARÁBIA
    • 02/02, às 20h – BENZINHO
    • 08/02, às 20h – AOS TEUS OLHOS
    • 09/02, às 20h – FERRUGEM
    • 15/02, às 20h – AS BOAS MANEIRAS
    • 16/02, às 20h – O ANIMAL CORDIAL
    • 22/02, às 19h30 – EX-PAJÉ
    • 23/02, às 19h30 – O PROCESSO

    Ciclo “Sessão da Tarde Especial – Cinema Latino-Americano”

    • 05/02, às 14h – UMA NOITE DE 12 ANOS
    • 12/02 às 14h – MUSEU
    • 19/02 às 14h – NERUDA
    • 26/02 às 14h – AS HERDEIRAS

    Ciclo “Clássicos no MIS”

    • 04/02, às 20h – O MÁGICO DE OZ
    • 06/02, às 20h – NINOTCHKA
    • 18/02, às 19h30 – TUDO O QUE O CÉU PERMITE
    • 20/02, às 19h30 – INTRIGA INTERNACIONAL
    • 25/02, às 19h30 – QUANTO MAIS QUENTE MELHOR
    • 27/02, às 19h30 – ATIREM NO PIANISTA

    Quando? De 1 a 28 de fevereiro
    Quanto? Todas os filmes de graça!
    Onde? No Mis (Rua Regente Feijó, 859 – Centro)

    2. Brain Damage – Tributo ao Pink Floyd | Música

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    Acompanhada por projeção de filmagenens em telão, a banda formada por músicos veteranos homenageia os grandes sucessos do Pink Floyd.

    Quando? 07/02, às 21h
    Quanto? Os ingressos variam de R$45 a R$90
    Onde? Teatro Iguatemi Campinas

    3. Improvável | Teatro

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    Com 10 anos de estrada, a Cia. Barbixas de Humor volta à Campinas com seu famoso espetáculo humorístico “Improvável”.

    Quando? De 8 a 10 de fevereiro
    Quanto? Ingressos a partir de R$35
    Onde? Teatro Iguatemi Campinas

    4. Raul De Souza Duo | Música

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    O dueto formado por Raul de Souza (trombone) e Fábio Torres (piano) apresenta composições próprias além de famosas peças de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Cole Porter e Djavan.

    Quando? 14/02, às 20h30
    Quanto? Os ingressos variam de R$5 a R$17
    Onde? No teatro do Sesc

    5. Pousada Refúgio | Teatro

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    Na peça, dois casais comemoram em um jantar a compra conjunta de uma pousada. Durante a noite, detalhes sobre o negócio vão surgindo e trazendo à tona conflitos e revelações.

    Quando? 15/02, às 20h
    Quanto? Os ingressos variam de R$5 a R$17
    Onde? No teatro do Sesc

    6. Com Amor, Van Gogh | Cinema

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    O filme conta a história de Armand Roulin, um homem que busca descobrir mais sobre Van Gogh e se ele realmente cometeu suicídio.

    Quando? 19/02, às 19h30
    Quanto? De graça!
    Onde? No teatro do Sesc

    7. Dedo de Moça | Música

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    O grupo formado por Ana Claudia (cavaquinho), Ana Elisa Colomar (violoncelo e flauta) Cintia Zanco (violino) e Rosana Bergamasco (violão 7 cordas) apresenta peças famosas do samba e do choro brasileiro.

    Quando? 21/01, às 20h30
    Quanto? De graça!
    Onde? Na área de convivência do Sesc

    8. Simplesmente Elis | Música

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    Com a cantora Didi Gomes no palco acompanhada de grandes instrumentistas, o show relembra os principais sucessos da insuperável Elis Regina.

    Quando? 21/02, às 21h
    Quanto? Os ingressos variam de R$50 a R$100
    Onde? Teatro Iguatemi Campinas

    9. Justa | Teatro

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    Essa alegoria apresenta a história de um oficial que, durante uma investigação de corrupção na política, se apaixona, o que acaba levando-o a se questionar se existe de fato alguém incorruptível.

    Quando? 22/02, às 20h
    Quanto? Os ingressos variam de R$5 a R$17
    Onde? No teatro do Sesc

    10. Show Tributo a Tim Maia | Música

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    Outro grande espetáculo musical dos mesmo idealizadores de “Simplesmente Elis”. A performance central fica a cargo do cantor Djalma Sperandéo acompanhado pela fantástica Banda Soul.

    Quando? 28/02, às 21h
    Quanto? Os ingressos variam de R$50 a R$100
    Onde? Teatro Iguatemi Campinas

    Redação Meme Digital – Agência de Marketing Digital em Campinas
    fotos/reprodução

  • EmArte e Cultura

    Animação baiana em stop motion retrata criação do mundo pelo ponto de vista do Orixá

    O Iorubá é uma língua falada em países como Benim e Nigéria e foi trazida para o lado de cá do Atlântico por negras e negros escravizados vindos de África. No Brasil o idioma se popularizou e foi preservado especialmente em função do Candomblé, religião de origem africana, mas que ganhou corpo e forma a partir da Bahia e seus terreiros que ajudaram e ajudam a manter vivo o culto ao Orixá e uma ligação espiritual entre o Brasil e o continente africano.

    Para além da fé, o Candomblé se coloca como um espaço de preservação de memória e também uma grande referência de comunidade no que diz respeito ao convívio social, respeito aos mais velhos e preservação da natureza. Poço inesgotável de cultura, o culto ao Orixá sobrevive firme e forte apesar de todo o preconceito que rodeia esta religião característica dos afrodescendentes brasileiros. Nesse sentido são muitos os trabalhos que tentam desmistificar e propor uma discussão e interpretação honesta acerca da beleza e conceitos que formam o Candomblé, caso da premiada animação baiana Òrun Àiyé, curta feito em stop motion e que de maneira delicada e cuidadosa narra a criação do mundo a partir do Orixá.

    Com trajetória de sucesso, o curta produzido pela Estandarte Produções já rodou o mundo desde seu lançamento, sendo exibido em países como Estados Unidos, Cuba, México, França, Espanha, Portugal, Suíça, Quênia e Colômbia, além de mais de 10 estados brasileiros.

    Em entrevista ao Hypeness Cintia Maria e Jamile Coelho, responsáveis pela produção e direção de Òrun Àiyé repercutem o sucesso do curta, além de enfatizarem urgência de uma multiplicidade de vozes para que seja possível alcançar um cenário mais democrático dentro do cinema brasileiro.

    “Òrun nos fez acreditar no impossível. Nos mostrou que por mais difícil que seja nós mulheres, negras, nordestinas e suburbanas também podemos trabalhar com o audiovisual, fazer animação e, o mais importante, podemos fazer sucesso contando histórias que fogem da linha eurocêntrica e hegemônica do audiovisual.

    O filme nos permitiu adentrar um território de autoconhecimento através da ancestralidade e nos mostrou a importância da arte enquanto mecanismo político de resistência. A fé no trabalho que a gente faz nos permitiu pensar um outro modelo de produção e narrativas na Estandarte Produções. Buscamos enegrecer o cinema nacional mostrando através de nossas lentes a diversidade do Brasil”, comentam.

    “Nós mulheres, negras, nordestinas e suburbanas também podemos trabalhar com o audiovisual”

    Além de Jamile Coelho e Cintia Maria, Òrun Àiyé conta com roteiro de Thyago Bezerra para trazer um ponto de vida diferente do usual sobre o surgimento da humanidade. Em função de diversos fatores, entre eles a discriminação racial, apenas uma narrativa, branca, cristã e eurocentrada teve espaço. Mas afinal, qual é a perspectiva dos seguidores de religiões negras sobre a existência?

    Para que este e outros questionamentos sejam respondidos é imprescindível a criação de uma agenda positiva do negro no Brasil. Ou seja, a comunicação deve exercer a responsabilidade de desassociar a população negra de situações de violência, prática comum desde o período da escravidão. Na mudança o cinema e o audiovisual são de grande valia.

    “O cinema serve a algo maior que a própria arte, por ajudar na construção de imaginário e subjetividades. Compreendendo a representação como um processo de significação histórica, socialmente construído e determinado por relações de poder, buscamos através de nossas produções reconstruir as representações sociais sobre os brasileiros negros, contestando as narrativas pejorativas e estereotipadas, reelaborando suas imagens e os papéis que assumiram/assumem na sociedade.

    Uma pauta positiva sobre negro no cinema e na TV promove o enfrentamento ao discurso homogêneo, trabalhando na reconstrução do simbólico e subjetivo, possibilitando narrativas diversas, humanizando o corpo negro e desmistificando todo o estereótipo construído pela religião e ciência para justificar a escravidão e o massacre do continente africano”, concluem Jamile Coelho e Cintia Maria.


    Para as duas profissionais do cinema que vivem em Salvador, cidade com uma grande porcentagem de negras e negros, é preciso estar “consciente do potencial transformador e qualificador das relações sociais que a televisão e o cinema desempenham”.

    Em Òrun Àiyé temos Vovô Bira, um griot que divide seus saberes de como os de Orixás africanos como Olodumaré, Orunmilá, Oduduwa, Oxalá (dublado pelo músico Carlinhos Brown), Nanã e Exú, que trocam experiências sobre a descoberta do universo. Repleto de detalhes e fiel aos arquétipos e características do Orixá, o início do filme foca na tarefa dada por Olodumaré ao Orixá do branco e da pureza, Oxalá, que caminha pelos desertos de África em busca de relatos de como as lendas africanas retratam a criação dos seres humanos, da natureza e de todo o mundo.

    Ao todo foram 455 dias, mais de 2500 fotografias e 45 profissionais envolvidos em um trabalho que resultou em 12 minutos de pura magia. Òrun Àiyé é uma novidade bem-vinda e imprescindível para o fomento e continuidade de uma discussão madura acerca da presença africana, não só na constituição da base, mas em todos os momentos da vida brasileira.

    “Deveria ser comum num país com mais 50% da população negra filmes dirigidos e protagonizados por negros, com temática baseada nas experiências desse segmento da população brasileira e sem incorrer em imagens e representações estereotipada, no entanto, os dados mostram uma outra realidade e apenas reforçam o quanto o racismo segmenta e invisibiliza essa parte da população”, analisam as duas profissionais do audiovisual.

    Diante da receptividade mais que positiva e de um sucesso estrondoso, Jamile e Cintia já estão em processo de finalização de um episódio independente da série, Òrun Àiyé: as Águas de Oxalá, que apresenta as aventuras de Luna, uma menina repleta de dúvidas sobre a mitologia africana.

    “Apesar de toda a repercussão do piloto, ainda temos muita dificuldade na captação de recursos, sabemos que a via possível para financiamento é através dos editais públicos, pois existem poucas instituições privadas no Brasil, dispostas a patrocinar iniciativas que discutem racismo e intolerância religiosa, além do protagonismo de mulheres negras na frente e trás das câmeras”.

    É importante que, em um país formado a partir de uma visão racista, eugenista e marcado pelo sangue derramado de negras e negros arrancados de suas origens, jovens afrodescendentes usem a arte e a educação para mudar um conceito equivocado e ignorante sobre a cultura afro-brasileira. Mais representativo ainda é o fato da animação ter sido produzida por profissionais de Salvador, cidade onde o negro ainda ocupa um espaço estereotipado, que teima em colocá-lo como um adereço para agradar e atrair turistas. Òrun Àiyé chega para fazer jus ao negro e sua cultura. Sempre na justiça de Xangô!

     

    Animação baiana em stop motion retrata criação do mundo pelo ponto de vista do Orixá via Hypeness

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    Meme Digital – Agência Digital em Campinas